A crise hídrica que castiga o estado do Rio chamou a atenção de governantes e cidadãos para a urgência de medidas sustentáveis no consumo da água. Mas o assunto não é novo no ambiente empresarial. No país que detém a maior biodiversidade do planeta, profissionais capazes de entender e aplicar o conceito de sustentabilidade nos mais diversos campos de atuação são cada vez mais valorizados no mercado.
— Ao longo dos próximos muitos anos, a demanda por profissionais capazes de considerar esse parâmetro no seu ofício vai crescer exponencialmente, porque todas as dimensões da vida humana vão passar por essa exigência — afirma o ambientalista Sergio Besserman.
Neste cenário, biólogos, engenheiros, gestores e técnicos ambientais são alguns dos profissionais que não ficarão sem oportunidades nos próximos anos. Mas a lista não para por aí, segundo especialistas.
— Hoje, todos os cursos universitários têm uma dimensão ambiental de conteúdo. Tem direito ambiental, marketing ecológico e, naturalmente, os cursos de engenharia também absorveram isso — diz Cezar Luiz Pires, coordenador do curso de Engenharia Ambiental na Universidade Veiga de Almeida.
Besserman endossa a tese.
— Até os arquitetos passaram a ter essa demanda, seja da parte dos consumidores ou das construtoras. As faculdades estão procurando atender a essa demanda que já aumentou e é uma tendência a curto, médio e longo prazo — diz.
Engenheiros, assim como biólogos e gestores ambientais, têm um mercado promissor nas áreas de licenciamento ambiental, elaboração de estudos de impacto ambiental, projetos de recuperação de áreas degradadas e também na área de infraestrutura básica, como no saneamento e na criação de centros de tratamento de resíduos.
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